segunda-feira, 6 de setembro de 2010

domingo, 22 de agosto de 2010



Os Desafios da Indisciplina em Sala de Aula e na Escola


OS DESAFIOS DA INDISCIPLINA EM SALA DE AULA E NA ESCOLA
Celso dos S. Vasconcellos

ANÁLISE DA PROFESSORA ANA PAULA DE CARVALHO ALVES

De acordo com o texto, a problemática da indisciplina em sala e na escola vai muito além do que se imagina. Há uma falta de comprometimento mútuo entre família, sociedade e escola.
Há uma crise geral onde prevalece uma absoluta falta de sentido para o estudo por parte dos alunos e uma falta de explicação do porquê estudar por parte dos professores.
Existe ainda a cobrança cerrada por parte dos pais sobre a escola na “educação do filho”, e a cobrança da escola sobre os pais na “falta de aprendizagem do aluno”. São papéis inversos, cobranças descabidas, sob o olhar de quem vê o assunto de uma perspectiva sóbria e fundamentada.
Segundo Celso, um fator de grande influência em todas essas mudanças na educação é o consumismo, a influência que a mídia exerce sobre o indivíduo. A mídia mostra, a criança pede, o pai concede e assim não impõe os limites necessários, tornando assim o ser um consumista em potencial e um indivíduo que não aceita regras. O filme “Além do cidadão Kane” mostra a influência e o poder existente da mídia sobre a população. (Vale à pena ver. Está aqui no meu Blog.)
Hoje em dia os pais passam menos tempo em casa com os filhos, mais tempo trabalhando e menos pacientes com eles. Então, para compensar toda essa “falta de presença” acabam cedendo aos pedidos dos pequenos, esquecendo-se mais uma vez dos limites, das regras tão necessárias na construção do indivíduo.
Mas regras não significa tudo o tempo todo com a resposta NÃO. É saber dosar, é saber respeitar o outro e a si mesmo.
Na educação, o professor já está calejado, sem saber que medida tomar. Procuram uma “receita infalível” que não existe, e nem sempre busca, com ênfase, tomar alguma atitude própria, como experimento para mudar a situação drástica da indisciplina.
A educação vem passando por várias transformações há anos, e o pior, procuramos fazer métodos didáticos se tornarem o remédio dos problemas. Só que a metodologia por si não resolve. Ela é um instrumento, um caminho e não a solução definitiva. Vemos que nas relações pedagógicas há um grande confusão de idéias, onde o efeito de novidades passa rápido demais e deixa de fazer efeito.
O educador se sente impotente diante dos obstáculos. É como se o tempo o tivesse desgastado, explorado ao máximo a sua capacidade de pensar, lutar, reagir contra um sistema gasto pelo tempo que tenta se inovar, e acaba caindo na mesmice. O professor não é o pai, mas quase sempre se comporta como tal. O magistério se tornou uma profissão paternalista, onde o educador se sente “totalmente” responsável pelo educando, não só em sua aprendizagem, mas no seu cotidiano dentro e fora da escola. E, talvez por isso, sente-se incapacitado mediante tantos problemas sem solução.
O professor precisa ser compreendido, mas ao mesmo tempo ser chamado às suas responsabilidades. O professor não é um coitado, é um ser contraditório como qualquer outro.
O que se deve fazer é acabar com  o jogo do empurra daqui, empurra de lá e cada um assumir sua responsabilidade, de forma consciente e compromissada. O problema da (in)disciplina é tarefa de todos, apesar de nem todos se comprometerem ou se responsabilizarem pela sua parte. Não há como um esperar o outro para agir. Sempre haverá necessidade de um começar a fazer sua parte, independentemente se o outro irá fazer a parte dele.
A proposta de Celso é que deixemos de lado as formalidades. A escola não pode ser tecnicamente aplicada. Ela cuida, trata de seres, indivíduos, pessoas pensantes com seus valores em construção, assim como seu senso crítico. Não falar apenas em limites, mas em exigências que os envolve, incluindo possibilidades esquecidas, para não ficar apenas nos nãos.
O professor deve acreditar em si mesmo e saber o sentido existente em sua prática docente, do contrário, ele não conseguirá convencer o educando da necessidade do aprender. O educando deverá compreender o conhecimento como instrumento de transformação, mas antes do educador deve assimilar e interiorizar isto dentro de si mesmo. O professor não DÁ AULA, mas constrói junto, produz sentido no que ensina. O trabalho é coletivo: professor e aluno de mãos dadas, lado a lado, construindo o saber; não é individual e funil: professor fala, aluno recebe, assimila e reproduz.
No texto de Celso, ele aborda também a questão do desrespeito entre professores e alunos. O professor ao consegue se relacionar bem com os alunos. Se é amigo, o aluno o vê como o “bonzinho” e quebra o vínculo de proximidade dos dois. Se o professor é “carrasco”, não o respeitam, apenas ficam inertes por medo de alguma punição. O professor, do outro lado, não respeita o aluno pela sua conduta, condição social, deficiência na aprendizagem e por aí vai complicando cada vez mais. Sabemos que isso não é regra, mas é o que geralmente acontece. Um dos fatores que indicam a falta de respeito do professor com o aluno é a falta de tolerância para com os erros dos alunos.
A cobrança sobre o professor é grande. É necessária uma cumplicidade com ele e não só responsabilidade sobre os ombros deste. O professor não é de todo culpado, nem de todo inocente. Assim como há o discurso de que o professor deve vestir a camisa da escola, a escola também deve vestir a pele do professor. Ambos devem ser aliados e não cobrador e cobrado.
O que se deve ser feito, é uma dialética da interação pedagógica. Uma mistura, um revezamento entre superação e exclusão. A disciplina se dá na interação9 social e tensão dialética, observando a adaptação que leva a transformação.
O professor deve ter sua autoridade para se fazer valer e o aluno precisa dela para se orientar. Sabe-se que muitos alunos tem problema em receberem ordens, em se colocar diante de uma autoridade, mas este processo constitui a sua personalidade. Essa autoridade deve ser legitimada a partir do diálogo e da firmeza de proposta. Deixar o medo de entrar em conflito por exercê-la e lembrar que isso é uma prática complexa e contraditória, porém saber discernir quando ser mar aberto e quando ser porto seguro é o ponto chave para que esse caminhar seja proveitoso e tenha sucesso.
Celso nos alerta sobre a síndrome do encaminhamento, onde o professor encaminha o aluno para os especialistas por quaisquer motivos. O conflito entre professor e aluno deve ser resolvido entre si, já que a problemática está em sala, deve ser resolvida em sala, sendo que, em casos extremos, a equipe pedagógica sustentará um apoio direcionado e específico. O professor não deve banalizar o apoio pedagógico, mas ter nele um respaldo eficiente e adequado.


Ana Paula de Carvalho Alves
Professora de Língua Portuguesa e Língua Estrangeira – Inglês
E. B. M. Gentil Mathias da Silva
Agosto, 2010

sexta-feira, 16 de julho de 2010

A CABANA






Ter um encontro com Deus Pode ser doloroso demais. Deixar marcas profundas e eternas. Marcas necessárias para curar feridas intensas: feridas na alma de quem sofre a Grande Tristeza.
Ter um encontro com Deus pode ser mágico, fantástico, inconcebível aos olhos humanos. Uma experiência única que pode acontecer todos os dias, a qualquer hora, desde que se pague o preço.
Que preço é esse? Entregar-se por inteiro, sem amarras, abrir o coração, deixar que Alguém toque a ferida aberta e a faça sangrar, de tal modo, que todo veneno contido se esvaia.
O encontro com Deus nos choca; surpreende-nos; faz-nos notar que, apesar de parecermos sozinhos, Ele nunca nos desampara. Esse encontro nos faz deleitar com o mais sincero e puro amor, antítese ao ódio, incerteza e indiferença que trazemos dentro de nós.
Momento desejado este, que se não fizer alguma diferença, acredite, não foi um encontro com Deus. Ele, na sua imensa Glória, se simplifica, se limita, se faz “Ser” e “Verbo” ao mesmo tempo.
Sentimentos de angústia, dor, abandono, solidão, culpa, arrependimento, tristeza e devassidão se contorcem, trazem à tona o pior de cada “eu” para que, assim, o melhor do “Eu Sou” venha brotar, fluir, tomar, revigorar em nós com o melhor dos sentimentos de amor, perdão, cura, alegria, paz, conforto e unidade.
Dizer: “Eu tive um encontro com Deus” não é tão fácil assim. É o desejo de ter o tudo e não ter nada. É o desejo de compreender sem ser compreendido. É questionar o que, naturalmente não tem resposta, ou as respostas são óbvias demais para se ver.
É a vontade de ter e ser, de flutuar ao vento e sentir as mãos d’Ele sobre si, de esquecer todo mal do mundo e pensar no bem, é lembrar que o mal é um bem necessário, para que muitos propósitos Ilógicos, a olhos humanos, se concretizem.
É estar protegido sob o raio do sol dos olhos de Deus, tão ofuscante que cega os olhos do homem. É a alegria de se embriagar com a paz, com a felicidade, com a caridade e o amor.
O encontro com Deus nos leva a um jardim confuso do nosso ser, onde todas as emoções se misturam, onde as cores se confundem num branco total com o verde de fundo. É ter o paladar e o olfato mais apurado que nunca, sentindo o perfume de Deus e degustando a vida de Jesus em nós mesmos.
É não criar expectativas, mas viver o presente, deixando as marcas do passado para trás e sem se preocupar com a projeção do futuro.
Encontrar-se com Deus é colecionar momentos estonteantes e as próprias lágrimas colhidas por Deus em um cristal puro, onde depois se tornarão essências para o belo jardim interior. É andar por sobre as águas, sabendo que Jesus está ao lado, e não há porque temer.
É entender que somos parte de Deus e Ele, mesmo com todo seu esplendor, tem a humildade em esperar que o convidemos a ser parte de nós. É descobrir, em cada canto, em cada instante, em cada luta, em cada plano, o seu amor e a sua paciência, esperando que a escolha seja feita.
Deus não se decepciona com o homem porque o conhece. Mas o homem se decepciona com Deus, porque acredita que Ele é obrigado a fazer as coisas como se quer que seja e não como é necessário ser.
Deus vai além das leis, além das convenções, além de conceitos e estereótipos criados pelo homem. Deus é Deus e isto basta. Nossa alma não precisa das condições humanas impostas, mas precisa da única coisa que Deus tem e é: AMOR!
Este é um momento seu, só seu, onde ninguém poderá interferir em suas ações e reações, exceto uma única pessoa: você mesmo. Este momento é perfeito e traz a lógica de uma forma impensada, como um grito abafado que acaba de nascer. É a necessidade de se sentir completo, cheio, ao lado da verdade e do conforto que só Ele pode dar.
É o tempo d’Ele misturado ao tempo do homem, é o Chronos se tornando Kairós. É o amor Eros dando espaço para o amor Ágape se alojar em seu mais inteiro, intenso e completo ser.
A visita d’Ele em nós, nos transforma visivelmente, a ponto de nos sentirmos bem com nós mesmos, deixando irradiar de nossa alma, as cores poli-cromáticas do mais nobre sentimento, da mais pura emoção.
Este é o momento em que as máscaras cairão e toda a verdade se apresentará. Daí vem a pergunta: teremos coragem de enfrentá-la de cara limpa? Ser nós mesmos é mais fácil do que sermos uma casca que, a qualquer hora pode apodrecer e cair?
Deus é assim: é o absoluto no nada, é o estonteante no belo, é o pleno no singular, é o concreto no inexistente, é a esperança no desespero, é a comunhão, é a vida, é o amor, é o “Grande Eu Sou” esperando por mim, por você, por todos aqueles que o desejam conhecer e fazer parte d’Ele, assim como Ele faz parte de cada um de nós.




Paula Carvalho
                         

domingo, 11 de julho de 2010

Espelho de mim...

 
Minh'alma chora um canto amargo,
Sentido pela vida sofrida...
Sangrando a triste peleja
Do sonho que já foi esmagado.

O sol que antes brilhava
Agora solta seu fel nos raios
Pingando, gotejando, tilintando sobre mim
Como quando em trabalho árduo suava.

Nobre e triste fundamento
Pequeno sinzal de infortúnio
Pobre artefato da alma sinistra
Que em meio aos artefatos tolera o medo.

Sonha, chora, brinca, fica em meio ao vento
E as folhas que farfalhavam na copa
Dançam na pequena esteira amarga
Do tempo incerto.

Paula Carvalho

terça-feira, 6 de julho de 2010

TELEVISÃO - Titãs

Só para finalizar... Veja como ficamos diante da Rede Globo...


Além do cidadão Kane

                              
                                 Como uma nação inteira pode render-se aos pés de uma emissora que manipula, mente, vende idéias utópicas e surreais? Não entendo como, depois do "Além do cidadão Kane", as pessoas ainda se alienam a um meio de comunicação tão persuasivo e inconsequente.
                                 A emissora Globo é uma afronta a inteligência do brasileiro, é uma ofensa ao intelecto de qualquer ser humano. Como a família brasileira, que muitas vezes passa fome, acha meios de se tornar FELIZ em ver em novelas globais uma família rica, cheia de tantas futilidades a sua volta, enquanto seu simples ato de clicar em um botão enche os bolsos e os cofres de um indivíduo ganancioso, manipulador e sedento de poder? Ainda não consegui chegar a uma resposta que me seja convincente.
                                Já está mais do que na hora do "BRASILEIRO QUE NÃO DESISTE NUNCA" deixar de ser tão inocente e reverter esse quadro de decadência cultural. Chega de Faustão; Xuxa; Novelas tendenciosas e idiotas que subestimam o telespectador; de noticiários fariseísticos. Vamos colocar a nossa inteligência em prática e deixar de ver esses lixos culturais.

                                                                                                                                             Paula Carvalho

Além do cidadão Kane - Vídeo

Crime e Castigo... Um olhar psicanalítico.

                                  
                                     Acabo de ler, degustando vagarosamente uma obra de Dostoiéviski: "Crime e Castigo". Agora, mais do que nunca, sinto o quanto a psicologia está presente na literatura. É uma sinsetesia ímpar, presente o tempo todo. É interessante porque há mais ou menos uns cinco meses que este livro está aqui em casa. Nunca tinha ouvido falar em Dostoiévski e nem me interessado na leitura... Estranho, mas aconteceu assim.
                                      Há dois meses, dando aula aos meu alunos, vi o livro "Crime e Castigo" citado como uma sugestão de leitura. Logo marquei para meus alunos o lerem. E como fazer uma avaliação de algo que não se conhece? Comecei a lê-lo. Confesso que nos três primeiros capítulos, me senti extremamente chateada e até me arrependi de ter escolhido o livro para os alunos lerem... É! Como me enganei... A leitura foi me absorvendo, de tal modo, que não conseguia mais parar de ler... Era como se eu vivesse a história, lado a lado com Rodka. Como disse, a sinestesia invadiu-me por completo.
                                      Peço licença para lhes confiar um segredo que o deixará de ser a partir de agora: eu entrei literalmente em estado de depressão, juntamente a Raskólhnikov. Senti uma grande ternura por Sônia e Dúnia. Senti náuseas junto a Raskólhnikov no comissariado. Agora o pior de tudo, veja só! Recusava-me a chegar ao fim do livro... Levei quase cinco dias para ler as quinze últimas páginas... Não queria que o livro acabasse... É como se ao terminar de lê-lo, tudo deixasse de existir para sempre... Meu Deus. Acho que a loucura de Ródion me acometeu... Heheheh. Pois é...
                                     Agora vem a minha pergunta cruel, sarcástica e esperançosa... Será que haverá alguém a altura de Dostoiévski para continuar sua obra? Escrever então o desenrolar da vida de Ródion após aquele desfecho? Será que haverá alguém com tamanha competência para nos dar momentos saborosos e psicologicamente conturbadores entre Razumíkhin, Dúnia, Sonia e Raskólhnikov? O que acontecera a Porfíri?
                                     Faz três dias que terminei de ler esta obra simplesmente ímpar. Pretendo agora mergulhar na Casa dos Mortos para ver se encontro nele um conforto psicológico até que, um novo Dostoiévski surja do nada ou do tudo e continue esta narrativa nada comum. Para quem gosta de um livro que mexe com seu psicológico, faz pensar na vida e reavaliar seus ideais, está aí a dica desta obra.

Paula Carvalho 
                                                             
A publicação original deste post foi feita em 23 de outubro de 2008 no meu antigo blogg de mesmo título, já deletado.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Direito! Arte de viver...

                                                   Ao buscar vídeos para estudos de concursos, achei estes dois que foram postados anteriormente, do professor Nuno Miguel Branco de Sá Viana. Confesso que fiquei extremamente apaixonada por suas aulas... Professor Nuno, quando eu crescer, quero ser uma professora exímia na profissão, igual a você...

Paula Carvalho

DANO MORAL E DANO MATERIAL

DIREITOS E GARANTIAS CONSTITUCIONAIS

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Tecnologia: uma nova perspectiva educacional

                 







                            Hoje o assunto principal discutido em tantos lugares é: Globalização, avanços tecnológicos, vida virtual. É impossível viver sem fazer parte de tudo isso.
                          A tecnologia faz parte de nós. Nossa memória é o HD de nosso grande computador: o cérebro. Tudo isso parece muito lógico. O mundo antigamente era tão mais simples... Sem computadores, sem telefones, sem energia, a água era retirada de baldes em cisternas,  não havia esgoto e todo mundo vivia feliz; somente os "privilegiados" podiam estudar e ter acesso aos livros... livros e mais livros... Faziam questão de carregar o lápis bem apontado, junto ao seu caderno de capa aveludada azul ou vermelha. Eram os doutores das letras.
                        Hoje, os cadernos foram substituídos por notebook ou netbook, a energia elétrica é FUNDAMENTAL assim como a água e ainda nos indagamos como era possível viver sem nada disso. Mas, e agora? A internet é como o alimento que nos deixa fortificados e preparados para enfrentar a lida do dia. Estamos na era digital.
                          E agora, José? Pedro? Maria? Antônia? São tantos e muitos e vários. São todos "desprivilegiados" que estão em contato com esta esfera tecnológica, tendo facilidade ou não. As escolas estão aí, preparadas ou não, recebendo de braços abertos a tecnologia que progride, a cada dia.
                          Vem um turbilhão de idéias e informações ao mesmo tempo. É tudo mudando o tempo todo. Aprende-se aqui, já muda-se ali. Aprende-se novamente e mais uma vez deixa de ser. Que complicação!!! São os tempos modernos invadindo o tempo, o espaço e a mente humana.
                           A internet, um instrumento hoje extremamente necessário, é uma ferramenta de grande importância para o aprendizado universal. O mundo avança, se entremeando em nossas vidas sem se quer pedir licença, e nós, como bons anfitriões, abrimos espaço em nossa consciênica para quem façamos também parte deste mundo globalizado  e virtual.
                           A instituição chamada ESCOLA não é diferente. Ela não só abre espaço como instrui aos seus seguidores, seus pupilos a dar os primeiros passos neste mundo net. É mágico, é fantástico, é surpeendedor... Desde que se saiba fazer bom uso dele. E é no intuito de crescer, que tecnologia e escola tentam andar juntas,  a utilizar a mesma linguagem, fazendo das mudanças, não um problema a mais, mas a continuidade de um eterno e constante aprendizado.
                                       

Paula Carvalho

Saga Crepúsculo: ficção ou uma metáfora de nossa realidade?





                              Vendo a febre em que se deu no meio adolescentes com a saga Crepúsculo, não pude deixar de ler. Enbriaguei-me na leitura, vivi novas experiências, recebi críticas e elogios, fui admirada e repudiada. Ao se olhar por um prisma superficial, conta-se a história de uma jovem que se apaixona por um vampiro, que é admirada por um lobisomem e busca, incessantemente mergulhar no mundo dos mortos-vivos.
                              E o que isso tem a ver com nossa realidade?
                              Bela Swan, assim como Edward e Jacob são adolescentes. Pessoas que passam por mudanças o tempo todo.Essa mutação acontece em nosso meio todos os dias. A alteração do humor, a auto-afirmação como indivíduo, a aceitação de um grupo, o desejo pelo desconhecido, a vontade de se tornar popular. Cada personagem traz uma metáfora de nossos jovens e seus conflitos na adolescência.
                             Carlisle e Esme são os pais que todo adolescente gostaria "e deveria" ter. Pais compreensivos, que analisam, trocam suas esperiências, expõe suas ideias com os filhos como iguais. Quem dera se os pais pudessem e tivessem essa consciência de que uma boa conversa poder obter resultados maravilhosos. Os psicólogos e psicanalistas que me perdoem, mas se assim o fosse... estariam falidos! (Risos)
                             Edward é o filho perfeito! Responsável, aplicado, reservado. Nossos filhos não precisam, se quer, estar nesse parâmetro para que os amemos. Jacob, é o filho caçula: o paparicado, o "endeusado", sempre querendo aparecer e ser o centro das atenções. Sabemos que na verdade o filho caçula é tudo isso e nem precisa fazer nada para que seja notado.Bela é o exemplo típico da filha do meio: problemática, sempre se achando a coitadinha... Precisa sempre de um elogio para se sentir amada. Envolve-se em confusões, não porque quer, mas porque é a única maneira de roubar a atenção de quem a cerca. Alice tem características de uma irmã mais moleca, que leva a vida numa boa, onde tudo é festa. São as pessoas extrovertidas, aquelas que nos dão prazer só em ter sua companhia. Rosalie é a adolescente problemática. Passa por mudanças que não gostaria de passar. Pode se dizer que é aquela adolescente que não viveu sua adolescência. Simplesmente passou direto da infância para a fase adulta.
                             Jasper é o adolescente que tem problemas em lidar com suas mudanças. Aceita tudo que acontece mas não sabe como se portar. Ás vezes demonstra satisfação, outras maturidade, outras inconsequência. Emmet é o típico adolescente esportista. Venerado por muitos, invejado por outros, exibe seus músculos, se auto-afirmando,tendo ainda, como namorada, não a menina mais popular, mas a mais bonita e, porque não dizer, inteligente.
                             James é o adolescente revoltado. Aquele que quer provar, de todas as formas, que é o detentor da verdade absoluta. Não se importa em ser odiado desde que imponha medo e respeito.
                            Os Volturi representam os pais repressores, que desejam, por qualquer motivo, punir os filhos que infringem as regras ou não estão dispostos a se tornar o filho-modelo. Impõe a perfeição e a discrição. Não gostam de se sentir expostos ou ser motivo de comentários.
                            A vida imita a arte e a arte COPIA a vida. É hora de nos posicionarmos diante o mundo que em nossa frente se apresenta. É hora de abrirmos a janela de nosso inconsciente para enxergar nas entrelinhas o que o nosso consciente não vê.


Paula Carvalho