domingo, 11 de julho de 2010

Espelho de mim...

 
Minh'alma chora um canto amargo,
Sentido pela vida sofrida...
Sangrando a triste peleja
Do sonho que já foi esmagado.

O sol que antes brilhava
Agora solta seu fel nos raios
Pingando, gotejando, tilintando sobre mim
Como quando em trabalho árduo suava.

Nobre e triste fundamento
Pequeno sinzal de infortúnio
Pobre artefato da alma sinistra
Que em meio aos artefatos tolera o medo.

Sonha, chora, brinca, fica em meio ao vento
E as folhas que farfalhavam na copa
Dançam na pequena esteira amarga
Do tempo incerto.

Paula Carvalho

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